quinta-feira, 22 de julho de 2010

Hajam boas iniciativas

É com especial agrado que me presto a compartilhar com todos vocês a missiva dirigida pelo PPA (Partido pelos Animais) ao CDS-PP, com vista a questionar (e bem), a iniciativa tomada por este partido pseudo-"cristão", em organizar, em nome da "nossa" cultura, mais uma manifestação de intensa crueldade, também sobejamente conhecida como tradição tauromáquica.


Carta ao Presidente do CDS-PP sobre a "Corrida de Touros CDS"


Quinta, 22 Julho 2010 10:23

"O Partido Pelos Animais vem por este meio expressar o seu desagrado pela iniciativa Corrida de Touros CDS, anunciada para o dia 24 de Julho, nas Caldas da Rainha.


É lamentável ver o CDS-PP associado a uma estratégia recente de retomar hábitos claramente em declínio. De facto, assiste-se nos últimos tempos a um recrudescimento e reabilitação deste tipo de eventos, o que, desde logo, configura uma ignorância de uma nova sensibilidade existente na sociedade portuguesa e não só no que concerne aos direitos dos animais e ao respeito que lhes é devido enquanto seres sencientes, seres capazes de sentir não apenas prazer mas também dor e sofrimento, seja mental seja psíquico.


A justificação de que “o fenómeno tauromáquico é também importante do ponto de vista económico, turístico e ambiental”, conforme se pode ler no anúncio constante do sítio electrónico do CDS-PP, não pode ser invocado sem a apresentação de uma argumentação válida. De facto, os dados oficiais mais recentes mostram claramente que a assistência a eventos desta natureza se traduz em números residuais. No mesmo sentido, a justificação de cariz ambiental carece de argumentação sólida, sendo também irresponsável a sua invocação para o evento.


Sendo o aumento da violência no país uma clara preocupação do CDS-PP, o Partido Pelos Animais gostaria de perceber como articula V. Ex.a e o partido que dirige essa preocupação com a violência com a promoção de um espectáculo e de uma cultura violentas e que incitam à violência.


O actual papa Bento XVI, baseando-se no catecismo católico, considerou que os animais são criaturas de Deus. O próprio catecismo expressa ainda a ideia de que é contrário à dignidade humana causar a morte ou o sofrimento desnecessário de animais. Tendo em conta a matriz cristã de que o partido que V. Ex.a dirige se reclama, o Partido Pelos Animais gostaria ainda de perceber de que forma o CDS-PP conjuga esta linha de pensamento com a promoção de um evento tauromáquico."

Com os melhores cumprimentos

Grupo de Trabalho sobre Entretenimento com Animais

Partido Pelos Animais


Um pequeno texto para futura reflexão, pois o problema deste país não se encontra só nos cofres, encontra-se acima de tudo na mentalidade tacanha de grande parte de nós, felizmente, de quando em vez, ondas de bom senso e de dignidade refrescam-nos o corpo e a alma. Aproveitemo-las.

Bem hajam

terça-feira, 20 de julho de 2010

Continuo sem ter tempo para nada, excepto, para entre as minhas infindáveis e intermináveis viagens de transportes públicos, dar azo, a matar a "ressaca" do meu maior vício ... Ler.
Faz por agora pouco mais de 3 anos, desde que começei o curso, que nunca mais tive tempo para me poder recostar a desfrutar de um bom romance, de uma boa literatura de "cordel" ou que lhe queiram chamar. Estes últimos anos, necessariamente foram dedicados ao direito, à política, às finanças e afins.
Finalmente agora posso, usar e abusar, recuperar o tempo perdido.
 Para começar (e acabar num ápice - 5 dias) um livro de um dos meus autores preferidos na área dos thrillers psicológicos, Visibilidade de Boris Starling; não tão envolvente como os seus precendetes (Messias, Vodka e Tempestade) mas igualmente brilhante na forma como nos transporta aos insondáveis mundos da espionagem e da conspiração política.
Por fim, só tive o prazer de o começar a ler há 3 dia,s e, muito me arrependo de não o ter lido logo na altura em que saiu (em meados de 2005), Quando Nietsche Chorou de Irvin D. Yalom, decididamente um dos melhores escritores da actualidade, não que este livro em particular sobressaia em relação aos outros que o citado autor já escreveu, pois todas as suas obras são inexplicavelmente dotadas de uma qualidade aliada a uma profundidade fantásticas, mas acima de tudo porque versa sobre um filósofo que a mim , em particular, me diz muito.
Quando Nietzche Chorou expôe-nos de uma maneira vincadamente realista, o mais humano que existe dentro de uma personalidade tão negra, misteriosa, e ao mesmo tempo humana e racional como Friederich Nietzche. Quando Nietzche Chorou permite-nos viver e conviver com os mais ilustre cérebros do Séc. XIX de uma forma como nenhuma obra até hoje o conseguiu fazer. Por entre cemitérios e casas de chá, conseguimos cheirar, sentir e degustar o que sem esta maravilhosa obra se afigurava impossível.
De outras obras obras deste magnifíco autor, destaque em particular para a obra citada e para uma, que essa sim já tive o prazer de ler há bastante tempo, A Cura de Schoppenhauer. Igualmente brilhante.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Ad Inituim

Encontro-me há um tempo infindável a tentar arranjar inspiração para escrever uma primeira mensagem. Uma mensagem que realmente me abra o espírito para estravasar para este cantinho cibernético, tudo aquilo que me vai na alma.
Uma nova forma de gritar aos céus tudo aquilo que me apetece.
Não consigo, não sei mesmo o que hei-de escrever, julgo que me encontro num daqueles momentos de blackout, em que temos tanto para dizer e partilhar que nem um som nos sai do corpo.
Enfim, não há-de ser nada, agora que já dei o primeiro passo, tenho a certeza que alguns desses momentos de inspiração surgirão, e deles poderei construir algum conteúdo interessante para ser partilhado.
Hoje não tenho muito tempo, foi mesmo só o primeiro passo, amanhâ, depois, e depois, terei muito mais com certeza.
Agora, como alguns companheiros de luta preciso arrumar a casa e dar por terminada uma batalha. Agora, como eles, preciso de tempo para mim, para me arrumar. Agora, como eles preciso de respirar fundo e abraçar novos objectivos. Agora, como eles, preciso de começar tudo de novo. No fundo, é para eles que dirijo esta mensagem, pois por muito que pensemos o contrário, não se esquecem as pessoas e tudo aquilo porque se passou em conjunto com elas, de um dia para o outro. Não, pelo contrário, julgo que é nestas alturas, quando de alguma forma nos separamos, que mais se reforça a ligação que partilhámos durante todo esse tempo. Um sentido abraço/beijo a todos/as eles/as.
E também a todos os que lerem este primeiro post. Sem dúvida que nos iremos cruzar mais vezes.